sábado, 19 de junho de 2010

Páginas da História: mandato democrático popular contra a ditadura






Fotos:

Campanha nos bairros populares


Campanha nas ruas envolveu multidões


Em 1982 realizaram-se eleições gerais para os governos de Estados e Municípios, para o Senado, Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. A eleição para o Congresso decidiria a correlação de forças no Colégio Eleitoral que elegeria o próximo presidente em 1985.

As eleições transformaram-se num plebiscito contra o regime militar. O PCdoB, na clandestinidade, estava com muitos de seus militantes filiados ao PMDB.

A oposição obteve 59% dos votos e fez maioria na Câmara Federal. Fez também 11 governadores, entre eles os de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas o arranjo eleitoral feito pelo regime, com o pacote de medidas antidemocráticas aprovado em junho de 1982, garantiu, num primeiro momento, que o PDS tivesse maioria de votos no Colégio Eleitoral que indicaria o próximo presidente da República.

O PCdoB elegeu quatro deputados federais e deputados estaduais em vários Estados, como São Paulo, Amazonas, Pernambuco e Alagoas.

Eleito deputado estadual em Alagoas, exerci o mandato de 1983 a 1986. Fui o líder da oposição ao regime militar na Assembléia Legislativa de Alagoas nas legislaturas de 1983 e 1984. Foi um período de grande efervescência política, de grandes debates, acompanhados sempre com as galerias destinadas ao povo lotadas.

Foram muitos os embates com o regime no exercício do mandato, quer seja da tribuna da Assembléia Legislativa, quer seja nas ruas na luta pelas liberdades democráticas e, mais adiante, na campanha pelas Diretas Já, que tomou conta do País.

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