sexta-feira, 18 de março de 2011

A mídia da nova ordem

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão e no Santana Oxente:


Os acontecimentos internacionais nestes últimos meses estão revelando à opinião pública mundial a verdadeira face de uma ordem mundial esgotada apesar da hegemonia do grande capital financeiro em escala planetária, sempre sob a gendarmeria do império do norte com as suas inúmeras frotas singrando os mares e centenas de bases militares em vários continentes.

Uma supremacia que se escora na referência do dólar ainda como moeda padrão global, porém cada vez mais contestada e que mais cedo ou tarde será substituída por uma cesta alternativa de outras moedas, fazendo valer novos valores de trocas e relações comerciais mais equilibradas e soberanas entre as nações do mundo.

Essa superioridade que ainda é exercida baseia-se também em outros suportes entre os quais se destacam principalmente as agências noticiosas americanas e inglesas que atuam em sintonia fina com as estratégias geopolíticas e militares dos Estados Unidos da América.

O fato é que nessa atual conjuntura global são tantos os revezes sofridos pelo status quo norte-americano, inglês, e outros aliados, que há uma confusão generalizada de informações em decorrência dos vários episódios que estão acontecendo simultaneamente em diversos cantos do mundo.

A mídia global que parecia senhora dos destinos, sentimentos e determinações ao mercado de consumo planetário, e igualmente dos brasileiros, demonstra que fica absolutamente atônita e sem rumo nos momentos de tempestades como este que estamos vivendo atualmente.

Acostumada a reprisar à exaustão tragédias pessoais, conflitos nacionais, catástrofes naturais e escândalos sociais sem elucidar a verdadeira essência dos fenômenos, como uma maneira de levar à imobilidade emocional o indivíduo e a sociedade, vê-se agora ela própria sem saber como cobrir cenários dramáticos que podem produzir alterações em escala mundial.

Os levantes populares que sacodem o mundo árabe nunca foram cobertos com uma aceitável explicação sobre o estava acontecendo, e continua a acontecer, porque estavam fora do script diplomático e militar previsto pelos EUA e agregados.

Os terremotos seguidos de tsunamis, desastres naturais que arrasaram parte do Japão, os subsequentes acidentes nucleares, chocaram a humanidade. As consequências serão trágicas aos japoneses e vão aprofundar intensamente a atual crise da economia mundial. Mas a grande mídia hegemônica, internacional e nacional, reluta, ou não quer ou não pode esclarecer a verdade à opinião pública.

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