sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Brasil e a tragédia grega

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão e no Santana Oxente:


Não há mais como a grande mídia hegemônica global e brasileira possa esconder o caráter dramático da crise do sistema financeiro internacional. A situação da economia grega, por exemplo, representa uma verdadeira tragédia para a sua população vítima de um violento ataque especulativo que a levou à bancarrota total.

Essa situação crítica também vai atingindo a grande maioria dos Países da Comunidade Europeia sendo que ela se apresenta, na atualidade, de maneira mais explosiva entre as nações da considerada periferia da região do euro, Espanha, Portugal, Irlanda, Grécia, Bélgica etc.

Mas nada indica que também não alcance, em igual intensidade, os Estados do chamado centro econômico da Europa, em especial a França, o Reino Unido e a Alemanha.

Os barões das finanças e a elite política conservadora, já anunciam através dessa mesma grande mídia hegemônica global que a crise “atingiu uma fase política”, como se o ingrediente político estivesse ausente em algum momento dessa tempestade que se abate principalmente sobre os assalariados, classe média e aposentados do velho continente.

Portanto, essa crise econômica das finanças internacionais que se iniciou nos Estados Unidos em 2008 assume de novo uma fase aguda e severa.

O que vem por aí serão na verdade os brutais planos de cortes nas conquistas sociais, as privatizações em massa, projetos de desnacionalizações de empresas e bancos, reduções de salários etc.

Como os trabalhadores não estão aceitando passivamente o assalto à mão armada em curso, a tendência será de grandes explosões populares por toda a Europa. Na Inglaterra, por exemplo, já está programada uma greve geral dos servidores públicos para o dia 30 de junho.

Enquanto isso a CIA, prevê, ou articula mesmo, um golpe militar na Grécia com o objetivo de conter as crescentes ondas de indignação social contra as medidas draconianas receitadas pelo FMI e o Banco Central europeu como remédio desesperado à bancarrota financeira.

As economias das nações emergentes, muito especialmente aquelas que fazem parte dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e recentemente a África do Sul, resistem bravamente ao tsunami financeiro internacional, mesmo sofrendo ataques especulativos em suas moedas.

O Brasil terá que adotar, a médio ou mesmo em curto prazo, sérias medidas de políticas econômicas, visando a proteção da saúde financeira além da sua integridade soberana que vem sofrendo constantes açodamentos.

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