sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A guerra pelos recursos não renováveis

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho e na Tribuna do Sertão:

      Nióbio: usado na indústria aeronáutica e aeroespacial, na construção de dutos para transporte de água e petróleo a grandes distâncias etc. O Brasil detém 98% das reservas mundiais, grande parte na reserva indígena Raposa Serra do Sol.


Em várias manifestações que aparecem diariamente na grande mídia hegemônica internacional, convocando ao engajamento “espontâneo” parcelas da população, há sempre um denominador comum.

Elas são promovidas em escala mundial e tentam esconder as verdadeiras causas das grandes lutas populares das sociedades contra a brutal crise financeira global cujas consequências estão recaindo especialmente sobre os trabalhadores, segmentos médios e aposentados, principalmente na Europa e nos EUA.

As redes sociais, por outro lado, produtos da sofisticada revolução tecnológica na informática, estão sendo divulgadas como uma nova forma de comportamento, um tipo inteiramente novo e elevado de exercício da democracia.

Na verdade elas representam, como outras inovações espetaculares na recente história da humanidade, facilitadores da comunicação entre as pessoas, como foram às suas épocas o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, o satélite. Mas subordinada aos interesses do mercado, do capital internacional e ao controle estratégico, especialmente das grandes potências imperiais.

Em recente entrevista divulgada pela tevê a cabo, um especialista em inteligência norte-americana falou sobre os altos investimentos dos EUA no monitoramento e na participação do que eles consideram “a guerra da Internet”.

Já o criador do Facebook foi tido como um dos mais jovens bilionários do planeta. Assim, como disse o deputado comunista pernambucano Luciano Siqueira, nessa questão nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Os feitos da ciência e tecnologia, frutos da criação humana, são renováveis e potencialmente infinitos. Mas os que não são renováveis são os inúmeros recursos naturais do planeta e aí o Brasil é detentor de uma extraordinária riqueza agressivamente cobiçada.

Em 1994 o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger declarou: “Os países industrializados (primeiro mundo) não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução dos seus intentos”.

Kissinger, estrategista privilegiado do império, acertou. Todas as atuais agressões militares promovidas pelos EUA e “coalizão” perseguem dois objetivos: os geopolíticos e os recursos naturais não renováveis do planeta.

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