sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma oportunidade histórica

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho e na Tribuna do Sertão:


Estamos presenciando um mundo convulsionado por inúmeras agressões militares e uma grave crise econômica da nova ordem mundial afetando duramente os países do centro capitalista, em especial os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, mas cujas consequências atingem todas as nações em todos os continentes.

Essa crise atual é uma decorrência do terremoto financeiro mundial de 2007 iniciado nos EUA com o estouro da bolha dos bancos de investimentos, precipitando uma recessão que se aprofunda cada vez mais.

A saída encontrada pelo governo norte-americano à época foi a da estatização das dívidas privadas dessas mega corporações especulativas de âmbito global.

Mas a situação foi se degradando e os fatores desestabilizadores econômicos passaram do âmbito dos bancos de especulação às dívidas públicas dos Estados nacionais.

O remédio aplicado pelos ultraliberais que ainda comandam os centros decisórios das finanças e da política mundial foi o de profundos ajustes fiscais, o que significa cortes violentos nos gastos sociais, desemprego em massa, agressões contra direitos sociais históricos, contra as aposentadorias, e a paralisa econômica.

Esse foi até agora o caminho dessa crise do capitalismo comparada, em termos, à tragédia econômica e social de 1929-1930. A verdade é que em sua origem e na adoção errática de soluções, a crise é de natureza e orientação fundamentalmente política.

É nesse contexto que o presidente nacional do PCdoB Renato Rabelo publicou, em consonância com as posições do partido, o que pode ser considerado um manifesto à nação brasileira.

Em “A crise financeira e a oportunidade histórica” ele discorre sobre a tendência de uma “transição sistêmica na esfera do poder mundial”, apóia o governo Dilma na redução contínua das taxas de juros, aumento do IPI sobre carros importados, lançamento do Programa Brasil sem Miséria, “como medidas nada elementares, mas indicativas de uma política econômica efetivamente soberana”.

Defende um novo pacto político com o governo, com base na mobilização social dos trabalhadores, do empresariado produtivo e por um “Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”.

Afirma que desde que se tome rapidamente uma “grande iniciativa política” a atual crise econômica pode abrir as portas para um largo, acentuado e bem mais elevado período de desenvolvimento do Brasil.

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