quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Razões de Estado

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho e na Tribuna do Sertão:


A crise mundial do capitalismo vai se agravando cada dia que passa e os seus efeitos se fazem sentir nos planos econômico e político principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

Nessas regiões centrais do sistema o desemprego tem se alastrado em decorrência da paralisia econômica, dos claros indicadores de recessão generalizada e pelas políticas de ajustes fiscais neoliberais que massacram os trabalhadores.

Um outro lado da realidade mundial tem sido a emergência de novos personagens na geopolítica global tanto no plano econômico quanto no político através dos BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e mais recentemente a África do Sul.

O Brasil como um desses atores principais da nova realidade multipolar internacional tem a seu favor a dimensão continental, as suas reservas minerais, a diversificada e renovável matriz energética.

Incluindo as suas terras agricultáveis, com reais possibilidades de vir a ser o celeiro do mundo, além da condição de ser um Estado nacional, uma só nação, uma só língua e um povo sem divisões étnicas, como afirmou Renato Rabelo em palestra em Maceió.

Mas o País não pode ficar alheio ao cenário mundial de agressões militares e ameaças de intervenções dos EUA que se utiliza da formidável máquina belicista, da indústria multimidiática global para tentar manter a todo custo uma hegemonia ameaçada pelo seu declínio econômico.

Os Estados Unidos tem promovido às claras uma guerra ideológica e cultural por intermédio da sua mídia global e a nacional hegemônica, contra o desenvolvimento nacional, a unidade dos trabalhadores, do povo brasileiro, visando sua fragmentação por meio de uma variada agenda multiculturalista.

Cuja marca atual mais evidente tem sido a campanha bilionária contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte fomentada por essa mídia hegemônica internacional e as congêneres nativas. Evidencia-se por outro lado uma óbvia estratégia de desestabilização do País utilizando-se de uma sistemática fabricação de crises institucionais contra o governo Dilma.

Mas o Brasil tem descuidado da própria Defesa com o sucateamento das suas forças armadas, como reconhece um relatório do governo federal publicado recentemente. E nesses tempos de agressões terríveis contra os povos quem desejar mesmo lutar pela democracia, a soberania nacional e a paz deve se preparar para defendê-las de verdade.

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