sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Para além da economia

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Almanaque Alagoas, no Tribuna do Agreste e no Santana Oxente:


A vida tem demonstrado que sem crescimento econômico não existe produção da riqueza nacional, inclusive nos Países emergentes, prevalecendo um desenvolvimento insuficiente.

Os caminhos para a superação dessa etapa não são fáceis porque há no interior das nações segmentos que se opõem ao avanço. São grupos minoritários que auferem lucros fabulosos com o estágio incompleto de autonomia e independência das nações.

Esses são os conglomerados financeiros-industriais, vários fazem parte de estruturas globais monopolistas, exercem o controle dos negócios internacionais, dos rumos das finanças mundiais.

À soberania de uma nação exige-se muita determinação, um plano estratégico de crescimento econômico onde os interesses das maiorias prevaleçam sobre as estruturas arcaicas que obstaculizam a superação da situação vigente.

É luta difícil envolvendo aliados heterogêneos, adversários fortes, e o manejo da arte, ciência política, é testado porque no campo retrógado existe ainda o complexo ideológico-midiático hegemônico externo-interno, produzindo versões relativas aos próprios interesses, sobre fatos, política, economia etc.

Mas com o dogma mundial neoliberal adveio o fenômeno de uma civilização regressiva anterior à Segunda Guerra Mundial, à derrota do fascismo, emergindo um tipo de sociedade centrada no mercado, totalitária, com novos métodos de subjugação coletiva, individual.

As ideias caras à humanidade, invertidas, passaram ao controle do capital global, invadem-se nações em nome da democracia, promove-se a extinção das garantias individuais substituídas pela segurança, a concessão de existir em troca do direito de viver, com brindes de políticas compensatórias.

Exacerbam-se perigos, reais ou fictícios, como se fossem "naturais" ao desenvolvimento humano e não resultantes do retrocesso civilizatório.

Propagam a cultura da incerteza, riscos de epidemias, medos difusos, produzindo o fenômeno de cidadãos atomizados, muitos temerosos do convívio coletivo, execram os avanços científicos, o progresso das sociedades.

Assim é decisiva a formação de um campo social majoritário empenhado num projeto nacional transformador crítico à ordem global totalitária, que permeia também o Brasil, consciente dos adversários, eleitorais ou não, mas essencialmente lutando pela alternativa de uma outra civilização, com a face brasileira, renovada, solidária, libertária.

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