sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Cultura e desenvolvimento

Meu artigo publicado na Gazeta de Alagoas, no Vermelho, na Tribuna do Sertão, no Tribuna do Agreste, no Santana Oxente e no pcdobal.org.br:


Adquiriu dimensão exacerbada o caráter irracional do sistema capitalista sob as políticas adotadas pela Nova Ordem mundial.

Em função do agravamento da crise financeira internacional, o aumento das tensões políticas, o alastramento dos focos das guerras de rapina no Oriente Médio, no continente africano, e a agenda diversionista divulgada através da grande mídia hegemônica com abrangência planetária.

Que determina a pauta das notícias a serem divulgadas e as demais que devem ser evitadas, ou discretamente noticiadas de maneira confusa, quase incompreensíveis aos cidadãos, mas sempre tendo algo em comum: a propagação do ceticismo em relação ao progresso, ao futuro, seja dos indivíduos, sociedades, Países.

É importante para o Mercado financeiro que as pessoas não se sintam cidadãos de uma nação em particular, assim como de uma região específica, que lhes impossibilitem a identidade comum na cultura, típica do pertencimento a um determinado povo.

É o contrário do que falou Tolstói: se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia. E assim por diante na escala dos insubstituíveis altos valores da humanidade.

Essa visão distorcida do conhecimento imposta às sociedades revela uma incrível pasteurização dos fenômenos culturais, ideológicos, políticos, um cosmopolitismo subalterno enunciado como síntese de uma pós-modernidade falsa.

Cuja finalidade é a uniformização dos padrões de consumo, difundido espertamente como evolução das sociedades, através da informação dita como asséptica.

Mas como já se disse: não há informação neutra, elas possuem conteúdo de classe. No caso atual, é o das forças hegemônicas do Mercado financeiro.

O desenraizamento dos indivíduos, comunidades, é um dos fenômenos mais danosos da atualidade, facilita a aculturação social em proporções industriais, perda de referências, do contínuo histórico, possibilitando nos dias atuais a reestreia do pensamento autoritário ou até neofascista.

Assim, um dos grandes desafios do Brasil, além da retomada do desenvolvimento sob bases mais avançadas, da luta democrática e a legalidade constitucional, é a batalha em defesa da nossa cultura, da nossa memória, identidade nacional  para que se possa ter os olhos voltados, e críticos, sobre o que há de avançado atualmente produzido pela humanidade.

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