sábado, 26 de novembro de 2016

Fidel Castro



Faleceu nas primeiras horas deste sábado a última grande personalidade que veio do século XX, Fidel Castro. O respeito em todo o mundo e a admiração por esse revolucionário irá sobrepor, em muito, toda carga de ódio que a grande mídia sempre descarregou sobre um só homem.

Porque Fidel sempre foi uma referência e uma prova das grandes utopias realizáveis ao longo de toda sua vida.

Fidel, além de ser revolucionário era um grande patriota. Amava profundamente Cuba. Por isso a sua consigna: Pátria Livre ou Morte. Tudo o que hoje o “Mercado” condena: construir o futuro humano de maneira desinteressada e a luta patriótica dos povos em defesa da sua autodeterminação.

Ao capital financeiro e à Nova Ordem mundial só vale o presente contínuo, a renegação dos sonhos possíveis e o entreguismo deslavado como razão de existir. Ou seja, desejam constituir gerações de autômatos, meramente consumistas.

Fidel vivenciou a época das grandes lutas de libertação nacional e social, participou como resistente dos combates contra a Nova Ordem mundial desde 1989. E nunca foi derrotado. Sofreu quase um milhar de tentativas de assassinatos orquestrados pela CIA, inclusive de envenenamentos. Afinal ninguém enfrenta, como ele enfrentou, o grande império do Norte durante 57 anos impunemente. Ele e Cuba.

Fidel era amigo de outro indomável latino-americano, Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de literatura, brilhante autor de vários livros e crônicas, entre eles Cem Anos de Solidão, inventor de um estilo literário saboroso e inigualável: o realismo mágico ou fantástico. Sempre pareceu-me que Fidel e Cuba eram personagens saídas da escrita de Gabriel Garcia Márquez, fantasticamente realistas.

Cuba que antes da revolução era conhecida como um “bordel flutuante” onde a máfia, políticos e líderes norte-americanos iam para se divertir, acender charutos com notas de cem dólares, transformou-se em uma ilha de resistência indômita contra os interesses da grande potência do planeta. E no centro de tudo isso estava Fidel Castro. Tal enredo parece mesmo um conto ou um livro de Gabriel Garcia Márquez.

Falem o que quiserem, como escreve e difama a grande mídia monopolista e seus articulistas. Fidel, assim como os livros de Gabriel Garcia Márquez, estarão sempre presentes. E eles, bom, eles passarão incólumes na memória e referência dos povos.

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