sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A crise

Meu novo artigo semanal:


As informações demonstram que a economia global pode estar se aproximando de um novo e mais elevado estágio da crise financeira mundial.

Os setores dinâmicos da produção, como a indústria, continuam em forte processo de estagnação, enquanto os ativos monetários estão sendo usados para socorrer os bancos, especialmente aqueles na área de “investimentos”, o que vale dizer para aplicações financeiras de curto prazo, do capital rentista.

O Brasil, assim como a América Latina, vem sendo conduzido a um novo estágio de subalternidade em sua dinâmica econômica, a partir de uma orientação política para esse fim que é, em última instância, quem na verdade dá os rumos ao processo econômico em qualquer País do mundo.

Enquanto em meio a essa crise global assistimos, desde 2008, novos jogos de guerra com invasões armadas, especialmente pelos Estados Unidos, cujos objetivos mais evidentes são a disputa por matérias primas, destacadamente o petróleo, a ocupação de espaços geopolíticos, há uma uma nova reconfiguração internacional rumo à multipolaridade que caminha a passos mais rápidos que se imaginava há alguns anos atrás.

Mesmo com os incentivos ao complexo industrial militar durante as últimas administrações da Casa Branca, de Clinton à família Bush, passando ao governo Obama, a economia dos Estados Unidos continua em situação catastrófica apesar dos intensos esforços dos comentaristas econômicos da grande mídia associada ao capital financeiro.

Mas o fato é que torna-se óbvio o enfraquecimento da economia dos EUA na medida que seu déficit na balança comercial atinge, desde 2000, 8,6 trilhões de dólares, sendo que o total chega a 10,5 trilhões de dólares.

Não há como entender as últimas eleições presidenciais norte-americanas, abstraindo a decadência industrial, o desemprego em massa, casas hipotecadas, a desesperança do cidadão comum dos EUA.

Ao tempo em que a Europa patina num caos político imprevisível, o Brasil atravessa grave crise multilateral com a hegemonia das políticas neoliberais do Mercado no País.

É um cenário assemelhado à crise capitalista de 1929, a ascensão nazifascista, a carnificina da 2a Guerra Mundial. Assim, para nós brasileiros é fundamental a retomada da economia produtiva, a defesa intransigente da paz, das liberdades democráticas e da soberania nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário