quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O que já está aí

Meu novo artigo:


A crônica política vai se desdobrando com certa velocidade na conjuntura brasileira, de tal forma que já é possível fazer um retrato falado e escrito do que estamos vivenciando além de algumas alternativas possíveis para o seu desfecho.

É claro que em matéria de política o imponderável sempre foi e continua sendo algo absolutamente comum, paradoxalmente rotineiro.

Daí o mistério dessa atividade que sempre cativou os seres humanos, desde a época da Grécia antiga, mesmo que de tempos em tempos se transforme na Geni dos versos de Chico Buarque de Holanda, e os males, transtornos, deformações da sociedade a ela sejam exclusivamente atribuídos.

A verdade é que o cenário está sendo armado, como um palco de espetáculo na arena institucional para a coroação em outubro de um candidato sem intermediários do Mercado financeiro, marquetado pela imensa capacidade de fogo da grande mídia hegemônica, associada a esse rentismo predador.

O golpe, de aparência democrática, não é de direita, centro, muito menos de esquerda. Essas são categorias políticas que a globalização financeira, a sua governança mundial que exerce o poder global à exceção de alguns Países como a China, Rússia etc. contornou após o final da Guerra Fria.

Assim o capital financeiro já ensaia os seus candidatos como o apresentador de televisão Luciano Huck entrevistado por uma hora no Faustão domingo passado, ou mesmo Henrique Meirelles homem dos especuladores na praça.

O “mundo da política” erra pela sua antropofagia geral onde uns devoram os outros, sem rumos ou propostas à nação ou por falta de iniciativa, inapetência, ou por não entenderem os fatores da grave crise estrutural, econômica e política que vive o País.

Mas o “Mercado” vai passando a Caterpillar nas lideranças nacionais sejam o Lula, as referências do centro político, ou até o histriônico Bolsonaro, preparando a unção, pelo voto é verdade, de um fantoche dos especuladores financeiros.

Ao tempo que a grande mídia promove uma agenda social do ódio de um contra todos e todos contra qualquer um, claro diversionismo dos graves problemas nacionais e fragmentação da sociedade.

É urgente um projeto que indique rumos econômicos, sociais e políticos, reunifique as maiorias sociais, suste a tentativa de esquartejamento físico, espiritual e cultural do Brasil.

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